A anedota da “PIZZA DO GOOGLE” e o futuro digital cada vez mais próximo!

Paulo Roberto Bertaglia

Não existem muitos países que podem gabar-se de que seu prato nacional tenha se tornado um fenômeno mundial. A Itália tem dois pratos, massas e, claro, pizza. Ambos são famosos em todo o mundo, e fizeram a história da gastronomia italiana. A pizza que dizem significar “pão liso” ou “pão em placa”, embora como sempre há um grande debate sobre isso, tem uma longa história no Mediterrâneo. Várias culturas, incluindo os gregos e fenícios comeram um pão de trigo feito de farinha e água. A massa seria cozinhada colocando-a em uma pedra. Uma lenda sugere que ao retornarem para casa, os soldados romanos desenvolveram um alimento, semelhante a algo encontrado na Palestina quando ali estiveram dando origem à pizza moderna.  Ok. Ok. Não é bem sobre isso que eu gostaria de falar. E talvez você diga que este artigo não tem muito a ver com nossas pretensões. Mas tem momentos em que devemos relaxar um pouco. Recentemente recebi por várias mídias, incluindo Facebook e Whatsapp, um texto que ao meu ver mostra claramente o papel da tecnologia em nosso meio.

Vamos ao texto, onde faço algumas pequenas adaptações:

O telefone toca na Pizzaria da Google.

Atendente pega o telefone:  Google´s pizza. Em que posso ajudar?
– Google? Mas este telefone não é da Pizzaria do Gordo?
– Sim senhor, mas a Google comprou.
– OK. Anote aí o meu pedido.
– O Senhor vai querer a pizza de sempre?
– A pizza de sempre? Por acaso você me conhece?
– De acordo com os nossos dados, nas últimas 12 vezes, o senhor pediu meia quatro queijos, meia calabresa, massa grossa e com borda.
– Tá! Vai esta mesmo…
– Posso sugerir-lhe, desta vez, meia ricota, meia rúcula com tomate seco.
– O quê? Odeio verduras.
– Hummm. É que seu colesterol não anda bom, senhor…
– Como você sabe?
– Cruzamos o número de seu telefone com seu nome, pelo guia de assinantes. Aqui temos o resultado dos seus exames de sangue dos últimos 7 anos.
Além disso, segundo dados do Plano de Saúde, o senhor tem consultado um cardiologista.
– Ok, mas eu não quero essa pizza! Já tomo remédio…
– Desculpe-me, mas o senhor não tem tomado remédio regularmente.
Pelo nosso banco de dados, faz 4 meses que o senhor adquiriu uma caixa com 30 comprimidos para colesterol com desconto na Rede Drogasil, onde é cadastrado. Parcelou em 3 vezes sem acréscimo, conforme informações da administradora do seu cartão Visa final 5692.
– Posso ter comprado com cheque ou dinheiro, seu espertinho…
– Só se foi em dólares não declarados. O senhor emitiu apenas 2 cheques nos últimos 3 meses, segundo seus dados bancários. Suas retiradas em dinheiro costumam ser de R$ 750,00 e ocorrem pouco antes do dia 10, possivelmente para pagar sua empregada que recebe esse salário desde maio.
– Opa. Até o salário da empregada… Como você sabe?
– Pelo valor do INSS que o senhor recolhe mensalmente através de seu banco online.
– Vá se danar, seu metido!
– Me desculpe, senhor, utilizamos tais informações apenas com a intenção de ajudá-lo.
– Chega! Estou de saco cheio de Google, Facebook, Twitter, Linkedin, WhatsApp, tablets, falta de privacidade. Vou para as ilhas Fiji ou, sei lá, para outro lugar sem internet, TV a cabo, onde celular não funciona e com ninguém para me vigiar.
– Entendo senhor… Só uma última coisinha…
– O que foi agora?
– Seu passaporte está vencido.

 

Achei este texto fantástico. Mas em breve deixará de ser uma anedota. Já somos monitorados constantemente.

Eu trouxe este texto, muito mais para uma reflexão sobre o futuro e a capacidade da tecnologia presente entre nós. A transformação digital e inteligente veio para ficar. Tenho dado palestras e escrito em linguagem simples e orientada a negócios a capacidade inovadora que proporciona a tecnologia. Muito se ouve falar em Internet das coisas, indústria 4.0, economia digital, entre outros nomes que conectam pessoas, organizações e dispositivos. Conectividade e sensores são elementos reais que suportam toda a infraestrutura.

Na logística monitoramos caminhões e obtemos localizações e entregas em tempo real. A visibilidade na “supply chain” se identifica permitindo replanejamentos em função de prévio aviso de falta de materiais.  O consumidor recebe informações de quando o veículo deixa o centro de distribuição e a sequência de sua entrega.  Estes exemplos já são reais.

Em pouco tempo a tecnologia irá permitir ao atendente da pizzaria recomendar qual pizza você deverá comer, baseado no comportamento de sua saúde. Bem, por enquanto parece ainda ser uma anedota. (por enquanto!!!)

Que a força esteja contigo.